Emenda Impositiva é Direito do Vereador: Entenda Como Garantir a Execução do Que Você Aprova

Você sabia que o prefeito é obrigado a executar as emendas apresentadas pelos vereadores ao orçamento municipal? 

A chamada emenda impositiva é um dos instrumentos mais importantes para dar força real ao mandato parlamentar. Com ela, o vereador deixa de depender exclusivamente da boa vontade do Executivo e passa a garantir que parte do orçamento vá diretamente para as demandas que ele defende. 

Neste artigo, você vai entender: 

  • O que é a emenda impositiva; 
  • Porque ela fortalece o mandato do vereador; 
  • Como instituir e regulamentar esse direito no seu município; 
  • E o que fazer se o prefeito simplesmente se recusar a executar. 

📌 O que é a emenda impositiva? 

A emenda impositiva é uma proposta feita pelos vereadores para alterar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA), destinando recursos para obras, ações e serviços em áreas como saúde, educação, esporte, infraestrutura, cultura, turismo e assistência social. 

Mas o que torna essa emenda diferente das outras? 

🔒 O caráter impositivo. 
Ou seja: uma vez aprovada pela Câmara Municipal, o prefeito tem obrigação legal de executá-la — salvo em casos justificados de impedimento técnico ou financeiro. 

 

🏛️ A base legal desse direito 

A obrigatoriedade de execução das emendas surgiu com a Emenda Constitucional nº 86/2015, que modificou o art. 166 da Constituição Federal. Ela foi aperfeiçoada pela EC nº 126/2022, que fixou: 

📊 Limite das emendas: 

  • Até 2% da Receita Corrente Líquida (RCL) do ano anterior; 
  • 1% para emendas individuais; 
  • 1% para emendas de bancada. 

⚠️ No caso dos vereadores, esse direito precisa ser instituído na Lei Orgânica do Município e regulamentado pela LDO e pela LOA. 

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🤔 Por que as emendas impositivas são tão importantes para o vereador? 

  1. Fortalecem o mandato 
    O vereador deixa de depender do prefeito para ver suas ações acontecerem. Ele passa a ser um canal direto de investimento na cidade. 

 

 

  1. Aumentam a representatividade 
    Com a emenda, o vereador pode atender demandas reais da sua base: uma praça, uma quadra, um carro para saúde ou assistência social. 
  1. Garantem transparência e controle social 
    A aplicação dos recursos passa a ser acompanhada com base na lei — e o vereador pode prestar contas à população com clareza. 
  1. Reforçam a autonomia do Legislativo 
    É um avanço institucional: o Parlamento passa a participar ativamente do orçamento, não só aprovar o que o Executivo manda. 

 

🧭 Como regulamentar a emenda impositiva no seu município? 

Para que a emenda impositiva tenha validade no município, três passos são essenciais: 

  1. Prever o direito na Lei Orgânica do Município 
    É nela que se deve reconhecer que os vereadores podem apresentar emendas ao orçamento com execução obrigatória. 
  1. Detalhar as regras na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) 
    A LDO precisa definir limites, prazos e critérios de apresentação das emendas. É onde se organiza a prática. 
  1. Executar via LOA (Lei Orçamentária Anual) 
    As emendas aprovadas devem estar previstas na LOA, com os valores e ações definidos. 

 

📐 Como calcular o valor da emenda? 

A base de cálculo é a Receita Corrente Líquida (RCL) do exercício anterior. 
Segundo a CF, art. 166, §9º: 

📊 Até 2% da RCL do ano anterior, sendo que 50% do valor das emendas individuais deve ser destinado à saúde. 

💡 Exemplo prático: 
Se a RCL do município foi de R$ 100 milhões no ano anterior, o total disponível para emendas parlamentares é de R$ 2 milhões. Cada vereador (em uma Câmara com 10 vereadores) poderá indicar até R$ 200 mil, sendo R$ 100 mil obrigatoriamente para ações de saúde. 

 

⚠️ E se o prefeito não quiser executar a emenda? 

Isso não é uma escolha política, é obrigação legal. A recusa sem justificativa configura infração político-administrativa, nos termos do Decreto-Lei nº 201/1967, podendo levar à cassação do mandato. 

Art. 4º, VI – “Descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro” é motivo para julgamento político pela Câmara. 

Além disso, o Tribunal de Contas pode emitir parecer pela rejeição das contas do prefeito por descumprimento da execução orçamentária. 

 

🛠️ O que é um impedimento de ordem técnica? 

Em alguns casos, o prefeito pode justificar a não execução de uma emenda, mas precisa comprovar o chamado “impedimento de ordem técnica”, como por exemplo: 

  • Ausência de beneficiário apto; 
  • Falta de proposta ou plano de trabalho; 
  • Valor incompatível com a execução da obra; 
  • Não aprovação do plano pelo setor técnico; 
  • Desistência do proponente; 
  • Outros motivos devidamente fundamentados. 

📌 Importante: Esses impedimentos devem ser comunicados ao Legislativo com antecedência e detalhamento técnico. 

 

👊 O que você pode fazer na prática? 

  1. Proponha a mudança na Lei Orgânica se ainda não existir emenda impositiva no seu município; 
  1. Inclua diretrizes claras na LDO; 
  1. Apresente sua emenda com todos os dados e prazos certos; 
  1. Fiscalize a execução e, em caso de descumprimento, acione a Câmara e o Tribunal de Contas. 

 

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